quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Dicas para quem quer sair do vermelho



Especialista dá dicas para sair das dívidas e não voltar mais 

Geralmente quem está endividado nunca sabe como entrou no vermelho, por isso, para o professor Fabrício Pessato Ferreira, mestre em Economia e coordenador dos cursos de Gestão Financeira e Ciências Contábeis da Veris Faculdades, o primeiro passo para quem quer sair das dívidas é fazer uma planilha com todos os seus gastos, de acordo com os valores de cada um, mas colocando todos neste planejamento financeiro. A partir daí, é possível fazer um planejamento para sair das dívidas. Confira abaixo a entrevista!
1 – Qual sua dica para quem quer sair do vermelho?
Fabrício Pessato: Em primeiro lugar, é necessário colocar “na ponta do lápis” – ou, de preferência, numa planilha eletrônica – todos os gastos do mês.
Moradia costuma ser o item com maior impacto no orçamento familiar. Somando-se aluguel/prestação da casa própria, condomínio, IPTU, energia elétrica, água, dentre outros, há um impacto muito grande sobre os gastos da família.
Transporte costuma ser o segundo item mais “pesado” no orçamento. Prestação do automóvel, combustível, IPVA, licenciamento, seguro-obrigatório e seguro particular também têm impacto significativo. Educação é outro item importante, eventualmente mais caro que transporte.
Na sequência, é importante separar os gastos com saúde, telecomunicações (telefone fixo, telefones celulares, TV a cabo, conexão de internet), alimentação e higiene pessoal, tarifas bancárias, vestuário e afins, lazer e afins.
Enfim, somar qual o montante da dívida e fazer uma programação para sair do vermelho. Tente trocar os juros de cartão de crédito e cheque especial, que são os mais altos do mundo, por juros de Crédito Direto ao Consumidor (CDC), que tem prestações fixas e taxas de juros mais baixas.
2 – Por que recomenda esta dica?
FP: Porque quem está endividado não tem noção de como chegou a tal situação, a menos que faça uma lista dos gastos. Será necessário fazer corte em alguns gastos pessoais supérfluos, como vestuário e lazer. Sem o auxílio da matemática, não há como saber exatamente qual o horizonte de tempo em que a pessoa pode se livrar das dívidas.
3 – Qual o conselho que costuma dar para quem não quer entrar no vermelho nunca mais?
FP: Regra número 1: “pague o seu você amanhã”. Faça um fundo de poupança. Ao receber o salário do mês, separe imediatamente quanto você vai pagar a você mesmo no futuro. Comece com R$80 ou R$100 por mês e depois vá aumentando.
Com apenas R$100 por mês, em dez anos, você poderá ter R$19.750 aplicando em CDB, que é um fundo conservador. E quando você tiver uma emergência, poderá resgatar parte desse valor. Mas somente em último caso.  
Acostume-se a manter as contas do mês sob controle para não precisar resgatar suas futuras aplicações, nem ter de tomar empréstimo.
4 – Em sua opinião, quais são os maiores erros das pessoas que ficam endividadas?
1º) Falta de controle sobre os gastos. É imprescindível ter controle sobre os gastos.
2º) Comprar por impulso. É uma conseqüência do item 1. Se você não sabe quanto tem disponível para gastar, acaba gastando mais do que ganha. E isso é um veneno para as finanças pessoais.
3º) Desconhecimento sobre as taxas de juros praticadas pelos bancos. Exemplos: (A) Nunca pague o valor mínimo de sua fatura do cartão de crédito – sempre pague o valor total. (B) Cuidado com juros para aquisição de automóveis, porque eles contêm taxas embutidas que são verdadeiras armadilhas. (C) Se você está devendo no cartão de crédito e no cheque especial, pergunte para o gerente do seu banco como obter o CDC (Crédito Direto ao Consumidor), cujos juros são bem mais em conta.
5 – Como evitá-los antes que entre neles?
FP: Três palavras chaves: controle, parcimônia e informação.  
1º) Tenha o controle sobre seus gastos!
2º) Gaste com parcimônia, evitando o consumo por impulso e gastos desnecessários. Por exemplo: nunca vá ao supermercado com fome, porque você tenderá a comprar mais comida do que consumirá no período. E, de preferência, evite ir ao supermercado com as crianças.
3º) Informe-se sobre os produtos financeiros que estão à sua disposição, tanto para empréstimos emergenciais, como para formar um fundo de poupança com o maior retorno possível e o mínimo risco.

 Fonte: valorizeseudinheiro

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